Sobre o transtorno de pânico
Escolhi escrever um pouco sobre o transtorno do Pânico, pois muitas pessoas acreditam que a psicanalise não “resolve” esse tipo de questão.
O que é?
O transtorno do pânico é um transtorno de ansiedade, que se dá por meio de crises severas sem motivo aparente. Ou seja, as questões que suscitam esse transtorno de ansiedade, são inconscientes.
Quais os sintomas?
Os sintomas mais comuns que podem ocorrer fisicamente são: taquicardia, respiração acelerada ou falta de ar, sudorese, problemas de visão embaralhada, dores de barriga, tremores nas mãos, além de pés frios e boca seca, no entanto, existe outros vários que podem existir.
É muito comum as pessoas sentirem que vão morrer durante a crise, sendo frequente a busca por hospitais, por acharem que estão sofrendo um ataque cardíaco.
Como ocorre?
Elas ocorrem de forma inesperada, é um medo muito intenso que ocorre sem motivo específico e de forma muito abrupta.
Como a psicanalise entende o pânico?
De uma perspectiva psicanalítica, o pânico corresponde a um afeto extremo de angústia desencadeado pela súbita confrontação do sujeito com seu desamparo. Em última análise, somos seres desamparados, ou seja, não há garantias absolutas de nada na vida, podemos morrer a qualquer momento, mas nem por isso deixamos de vive-la, incorporando seus riscos nesse grande jogo do viver. É comum as pessoas tentarem de forma inconscientemente, apaziguarem essa condição de desamparo insuperável, através da ilusão de um ideal protetor onipotente, que garante a estabilidade do mundo, do mundo psíquico, organizado longe das incertezas, da falta de garantias e de indefinições, longe da angústia.
Como a psicanálise pode ajudar no tratamento de sintomas atribuídos ao transtorno do pânico?
É comum as pessoas procurarem analise/terapia após a eclosão da primeira crise de pânico, já que esta questão estava aplacada pela ilusão de um ideal onipotente protetor, que garantia um mundo organizado, longe das incertezas e das faltas de garantias da vida. O tratamento psicanalítico, busca levar o paciente a se implicar no seu sofrimento psíquico, a se questionar sobre o que acontece com ele, a falar, a procurar dar sentido a essa excessiva angustia, a partir da sua história, ao que parece não ter sentido, ou seja, aos ataques súbitos de pânico. Procura-se criar com o paciente condições para que ele possa subjetivar sua condição de desamparo.
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